segunda-feira, 21 de março de 2011

Sexta-feira, 20 de junho de 2008

Está chovendo lá fora.
Os pingos alcançam o chão, o som preenchendo o ar com uma música calma e melancólica. Eu fecho meus olhos, imaginando sentir as gotas e o vento que escuto. E eu não canto, só escuto - me parece errado interromper a melodia. Ela embala meus pensamentos, delicadamente.
Abro a janela.
O vento sopra no meu rosto e o cheiro da terra molhada enche meus pulmões.
Eu sinto aquele vazio no peito, aquele aperto. A inquietação que sozinha não consigo acalmar, o vazio que parece se preencher com você, mas que retorna. Sempre retorna.
E eu sinto tanto.
Talvez eu sinta demais. Talvez eu pense demais.
Exageradamente.
Exagero ao pensar, exagero ao sentir - me falta o equilíbrio.
De pouco tenho certeza. Mas sei que sinto falta de sentir o que nunca senti, sinto saudades do que nunca tive.
E eu quero tanto.
É certo?, eu me pergunto.
Minha mente diz que não.
Meu peito discorda.
E no final, de tanto pensar, eu só consigo sentir ainda mais.

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